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Não me lembro de quando aconteceu
Em que canto empoeirado da memória escondeu o seu eu
O eu que permitia um afago, uma abraço um sorriso
Assim como uma agulha no palheiro
Não te acho, não te sinto, não te vejo
Escondeu-se num cantinho obscuro da alma
Entre manhãs azuis de outono,noites estreladas de verão
Entre idas e vindas
Noites e dias
Ainda não me conformo
Sinto um vazio imenso
Tento buscá-la sem sucesso
Como um livro em branco
Só vejo a bonita capa
Que outrora continha uma bela história
Tentei despertá-la com uma poesia
Desfiz meu coração em palavras
Busquei a mais bela harmonia
Mas tudo foi em vão
Tive certeza então
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